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Exposição ‘Clã das Cicatrizes’ chega à UniGuairacá com mensagem de força e ressignificação

Mais do que uma exposição, o projeto é uma homenagem às lutas e às conquistas das mulheres que enfrentam o câncer de mama.

Por: Poliana Kovalyk

- 26/11/2024 13h49

A UniGuairacá Centro Universitário recebe esta semana a exposição fotográfica ‘Clã das Cicatrizes’, uma iniciativa que une arte, saúde e resiliência. Idealizado pela pedagoga e bordadeira Joice Tesseroli e pela fotógrafa Dani Leela, o projeto nasceu de experiências pessoais e coletivas que abordam as marcas deixadas pelo câncer de mama e as transformações que ele provoca nas mulheres.

A mostra se divide em duas etapas: ‘Marcas de Combate’ (2023) e ‘Entrelinhas’ (2024). A última, viabilizada pela Lei Paulo Gustavo, também deu origem a um documentário que explora o impacto das redes de apoio no enfrentamento e no pós-tratamento da doença.

 

O surgimento do projeto

O ‘Clã das Cicatrizes’ teve início em 2023, a partir da experiência de Dani e Joice. Em 2021, Dani enfrentou um tratamento de câncer de mama e Joice fez parte de sua rede de apoio. O bordado, herdado por Joice pela sua avó, tornou-se uma ferramenta para contar histórias de dor e superação nas fotografias capturadas por Dani Leela. 

Inspiradas pelo livro Mulheres que Correm com os Lobos, de Clarissa Pinkola Estés, as organizadoras adaptaram o conceito do ‘capote das dores não faladas’ para o bordado, transformando-o em um símbolo das experiências únicas de cada mulher, ressignificando suas cicatrizes físicas e emocionais.

 

Arte que transforma

Cada peça da exposição mescla fotografia e bordado, retratando as cicatrizes e as narrativas das mulheres envolvidas. “A arte chega a lugares que outros meios não conseguem, ajudando a tratar temas urgentes e necessários”, explica Joice. O trabalho vai além das imagens: ele destaca a importância do diagnóstico precoce, do cuidado integral e da rede de apoio.

Um dos pontos centrais da exposição é a força das redes de apoio – família, amigos e equipes de saúde – que ajudam a tornar o tratamento menos solitário e mais humanizado. As histórias revelam que, para muitas mulheres, o câncer não é apenas uma luta física, mas uma jornada de transformação pessoal.

Embora o câncer de mama ganhe destaque em campanhas como o Outubro Rosa, o projeto também enfatiza a necessidade de atenção contínua. “Queremos que o cuidado e o olhar para essas mulheres aconteçam o ano todo”, ressalta. Além da exposição, o Clã das Cicatrizes realiza ações em escolas, comunidades e hospitais, descentralizando a discussão e alcançando diferentes públicos.

 

Um convite à reflexão

O ‘Clã das Cicatrizes’ convida o público a olhar para essas histórias com sensibilidade e empatia, promovendo o autocuidado e destacando a necessidade de um olhar individualizado para cada mulher. Mais do que uma exposição, o projeto é uma homenagem às lutas e às conquistas das mulheres que enfrentam o câncer de mama, transformando dor em arte e resiliência.