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Fisioterapia não é só choquinho! A eletrotermofototerapia vai muito além! Por João Paulo Freitas

Dentre os diversos recursos que compõem o arsenal terapêutico na fisioterapia, estão os eletrotermofototerapêuticos, os famosos “choquinhos”.

Por: admin

- 26/10/2020 15h11


João Paulo Freitas
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste
Possui aperfeiçoamento em Fisioterapia Manual e Postural Internacional pela Escola de Terapia Manual e Postural
Especialista em Fisioterapia Manual e Postural pelo Centro de Ensino Superior de Maringá
MBA em Gestão do Conhecimento pela UniGuairacá
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade do Vale do Paraíba
Doutorando em Ciências da Reabilitação pelo Centro Universitário Augusto Motta



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O fisioterapeuta é o profissional de saúde que através de recursos físicos promove, previne ou recupera o movimento e a função adequada do corpo humano. Dentre os diversos recursos que compõem o arsenal terapêutico na fisioterapia, estão os eletrotermofototerapêuticos, os famosos “choquinhos” ou o confortável “calorzinho”.

Na verdade, os equipamentos eletrotermofototerapêuticos são inúmeros, com especificidades, indicações e contraindicações diferentes. Didaticamente, podemos dividir a eletrotermofototerapia em eletroterapia, ou o uso de corretes elétricas de forma terapêutica; termoterapia, que seria a utilização de recursos que geram efeito terapêutico por meio das alterações de temperatura; e a fototerapia, o uso de radiações luminosas para fins terapêuticos. Fazem parte da eletroterapia as correntes alternadas de baixa frequência (Estimulação Elétrica Transcutânea e Estimulação Elétrica Funcional), as corretes alternadas de média frequência (Interferenciais, Corrente Russa, Corrente Aussie), as correntes diretas ou polarizadas (Diadinâmicas, Galvânicas, Farádicas) dentre outras. Os principais exemplos de aparelhos capazes de gerar efeitos térmicos em tecidos profundos do corpo são os equipamentos de alta frequência como o Ondas Curtas, o Microondas e o Ultrassom Terapêutico. Já o Laser de baixa potência e os LEDs são os mais utilizados na fototerapia.

A eletrotermofototerapia é amplamente empregada como coadjuvante nos tratamentos fisioterapêuticos e sempre deve fazer parte de um plano de tratamento elaborado a partir da avaliação do fisioterapeuta. Não deve ser usada indiscriminadamente e isoladamente, pois existem critérios científicos para sua correta e segura aplicação. Para sua prescrição e administração o fisioterapeuta precisa de conhecimentos de disciplinas básicas como  anatomia, fisiologia e patologia, além de amplo conhecimento sobre a interação física e fisiológica com cada tecido do corpo, dosimetria, tempo de aplicação, parâmetros específicos de cada aparelho como frequência, comprimento de onda, largura de pulso, intensidade entre outros.

Os principais benefícios quando associados a outros recursos fisioterapêuticos são: diminuição da dor, relaxamento muscular, fortalecimento muscular, aumento da extensibilidade dos tecidos, diminuição do edema e inflamação, melhora da circulação sanguínea, cicatrização e regeneração tecidual. O fisioterapeuta irá escolher qual o melhor recurso e quais os parâmetros adequados para cada caso e para ajustar corretamente esses parâmetros precisa realizar testes e cálculos específicos.

Uma das principais vantagens do uso da eletrotermofototerapia é o fato de existirem poucos efeitos colaterais ou reações adversas. No entanto, existem contraindicações e protocolos de segurança para cada aparelho que necessitam de especial atenção e somente o profissional com formação técnica e científica estará apto para a aplicação segura e eficaz da eletrotermofototerapia.