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AGMA e UniGuairacá realizam segunda edição do Simpósio Mundo Azul

O evento abordou o autismo em mulheres com dois especialistas.

Por: Viviane Moreira

- 03/04/2025 12h24

Na noite da última quarta-feira (02), a Associação Guarapuavana Mundo Azul (AGMA) e o Colegiado de Psicologia da UniGuairacá Centro Universitário realizaram a segunda edição do Simpósio Mundo Azul, evento em prol da conscientização do autismo. Desta vez, abordando a temática do autismo em mulheres. “A gente trouxe esse tema, porque é uma coisa bem procurada, até porque em meninas é diferente. Até o diagnóstico é um pouquinho mais complicado, porque a menina tende a se mascarar no comportamento da mãe, ela é mais quietinha”, explica a presidente da AGMA, Eliane Scavronski.

Os palestrantes convidados foram a psicóloga Marionita Gonçalves Dias e o médico pós-graduado em psiquiatria, Dr. Angelo Landgraf. Ambos trouxeram vivências, diagnósticos e experiências envolvendo o autismo. “Hoje o maior foco que eu trouxe foi a questão da negligência sofrida por meninas e mulheres com o diagnóstico de autismo, e além de trazer essa negligência em relação ao diagnóstico, trouxe também como que a nossa sociedade se comporta em relação à mulher autista. E acima de tudo eu trouxe a minha vivência enquanto mulher autista e a vivência de uma mulher que é mãe de uma menina autista”, comenta Marionita. “Eu vejo que essa condição traz bastante sofrimento para essas crianças, jovens e adultos. Por isso trouxe como que nós, enquanto sociedade, podemos acolher, ajudar, entender como eles se comportam, quais são as dificuldades e não usar do preconceito do pré-julgamento, dizendo que essas pessoas têm problema, que eles têm uma doença, pois, ao meu ver não é uma doença, é uma condição”, finaliza Angelo.

O evento foi aberto aos alunos e à comunidade em geral. “Eu acho que é cada vez mais importante que a gente possa falar sobre isso. Eu acho que o diagnóstico foi escondido durante muito tempo, o sofrimento estava presente. E mesmo que tardio, o dia do autismo é importante, porque ele significa todas as coisas, ele intervinda sentido a uma história, às vezes, do sofrimento que ficou perdido e sem nome”, ressalta a coordenadora do curso de Psicologia da UniGuairacá, Monica Barbosa.