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O que mudou nos hábitos de consumo nesses tempos de pandemia

O surto causado pelo Coronavírus vem impactando o mercado de produtos de consumo em todo o mundo. O professor Guto escreve sobre o assunto.

Por: admin

- 05/05/2020 12h57

​​​​​​​Nada é tão certo quanto a lógica do consumo. Isto, se não estivermos vivendo um momento de pandemia mundial, com grande parte das pessoas vivendo em quarentena, com regras de distanciamento social, previsão legal de multa para pessoas que circularem nas ruas sem máscara de proteção e uma eminente possibilidade de lockdown. Não, não estamos falando de um filme de ficção científica, e sim, relatando o que no início de 2020 parecia improvável para qualquer habitante da Terra.

Influenciados pela #fiqueemcasa, estamos experimentando o fenômeno de nos tornarmos seres minimalistas, isto é, reconhecemos o nosso hábitat (casa) e com isso identificamos objetos que nem sabíamos que lá estavam ou até mesmo por uma autorreflexão dos motivos de armazenar tantos produtos, diminuímos com isso a possibilidade de consumo excessivo por itens supérfluos, dando prioridade àqueles de primeira ordem, como alimentação, higiene pessoal, produtos de limpeza e medicamentos.

Além disso, a valorização e apoio do comércio local, o chamado Rise of Local, sejam por campanhas das associações comerciais para proteger as “pratas da casa”, priorizando assim os pequenos estabelecimentos dos bairros, ou até mesmo pelas regras temporárias impostas de circulação e aglomeração de pessoas, tornando-se mais conveniente e seguro adquirir um produto nas proximidades de suas casas.

O fato é que a pandemia acabou intensificando a presença on-line dos consumidores, assim como assegura Arthur Igreja, palestrante e especialista em inovação, em recente podcast postado em suas redes sociais. Igreja, afirma que dados do e-commerce evidenciam um crescimento de 18,5% nos meses de janeiro/abril e que 40% do total de vendas são efetuadas por novos clientes. Ou seja, houve uma aceleração da digitalização que provavelmente perdurará pós-pandemia, obrigando as empresas a criarem um canal direto com seus clientes, sob pena de perderem essa vantagem competitiva.

Com a tecnologia ganhando espaço todos os dias e as vendas por internet no Brasil respondendo entre 4% a 7% do total de vendas, podendo sair da crise com um patamar mais próximo dos EUA, isto é, superior a 10%, as lojas físicas terão que se reinventar, pois nem só de cliques vive o varejo.

Com isso, pós-crise do COVID-19 e ainda com uma sensação de fragilidade da vida, teremos um “novo normal’, ou seja, a demanda por locais que demonstrem cuidado com a saúde dos seus clientes, já que em sua grande maioria, as pessoas optarão por consumir produtos e serviços que preservem a sua integridade e garantam a máxima segurança no período em que estiverem fora de suas casas.


Guto Klosowski é graduado em Economia, possui formação em Políticas Públicas e Gerência Municipal, especialista em Didática no Ensino Superior, especialista em Gestão do SUS, mestre e doutorando em Desenvolvimento Comunitário.