‘Pluft: o fantasminha’ foi a grande atração desta quinta-feira, 21, na Faculdade Guairacá. O grandioso espetáculo foi apresentado pelo Grupo Spatium. Esse clássico da literatura infantil foi escrito pela dramaturga brasileira Maria Clara Machado em 1955. “Desde que foi montado, talvez seja um dos espetáculos brasileiros mais encenados. É um texto muito bom que trabalha a questão dos medos, angústias, curiosidade, família. Trouxemos Pluft com essa intenção mesmo, de provocar o público por meio de um evento cultural acessível”, explicou o coordenador do curso de Psicologia e coordenador do Spatium, professor Antonio Alexandre Pereira Junior. A peça apresenta a história de um fantasminha muito esperto que vive com a sua mãe no sótão de uma velha casa à beira-mar. Tudo iria bem se não fosse a chegada inesperada do terrível pirata Perna-de-Pau, que aparece à caça de um tesouro escondido na casa. Em uma aventura repleta de emoção e suspense, o fantasminha defende o seu território com a ajuda da doce Maribel. Para tanto, os dois se unem, pois Maribel tem medo de fantasmas, enquanto Pluft tem medo de gente. De forma lírica e envolvente, a história fala da busca da identidade e dos medos infantis, propondo uma reflexão frente ao temor do desconhecido. O Grupo Spatium é desenvolvido por acadêmicos e egressos de diversos cursos da Faculdade Guairacá, que se reúnem em discussões e apresentações artísticas, fomentando a produção, difusão e apreciação das artes no ambiente acadêmico. “O projeto existe desde 2017 e essa foi nossa segunda produção com teatro, mas desde o início viemos ocupando todos os espaços acadêmicos com arte, por entender que ela é fundamental na formação do ser humano. Não basta somente conhecimento técnico, teórico ou político. Esses aspectos estão todos relacionados”, completou o professor Alexandre. Adriano Ferreira entrou no grupo para compor o elenco de Os Saltimbancos, apresentado no ano passado. Ele contou que a experiência dos palcos tem sido gratificante. “Quando entrei no palco pela primeira vez e senti a emoção, minha e do público, me apaixonei. É muito gratificante dar duro nos ensaios e sentir a receptividade do público, dando risada, se divertindo. Depois disso nunca mais parei”. Mesmo tendo se formado na instituição, Adriano fez questão de continuar no projeto. “Entrei no Spatium no último ano da graduação em Educação Física Licenciatura e ainda continuo porque é o lugar onde fiz amigos e sei que posso contar com eles em qualquer momento, não só dentro da faculdade. Nós nos reunimos, conversamos, porque somos uma família: a família Spatium”.