Ao levantar uma taça de vinho, e os franceses o fazem com bastante frequência, sempre brindam acompanhados da interjeição ‘Santé!’ (saúde), e é exatamente saúde que querem dizer! Quem nunca ouviu a máxima que uma taça diária de vinho protege pessoas do risco cardiovascular?

Será essa afirmação acima mito ou verdade?

VERDADE! E essa verdade não é empírica, está muito bem embasada pelo que se chama de ‘O Paradoxo Francês’. Trata-se de um curioso dado estatístico observado na França, onde uma população que tem em sua dieta uma elevada quantidade de gorduras, mas que em muitos países europeus e que os norte americanos, sob a forma de queijos, curiosamente apresenta menos distúrbios cardiovasculares que os outros devido ao consumo regular, durante as refeições, de vinho, especialmente de vinho tinto. Esse consumo apresenta a capacidade de aumentar o bom colesterol, HDL, e de reduzir o colesterol ruim, LDL, com isso há a redução da formação de placas de ateroma que causam o entupimento das artérias e consequente infarto agudo do miocárdio.

A atividade benéfica do vinho é dada por uma série de compostos, aos quais denominamos metabólitos secundários, que são compostos produzidos pelas plantas, nesse caso pela uva, em resposta ao ataque de fungos, excesso de radiação ultravioleta entre outras situações estressantes ao seu desenvolvimento. Os metabólitos secundários apresentam atividade antioxidante, equilibrando todos os radiais livres capazes de reagir com as células, e de desencadear processos maléficos como as placas de ateroma. O principal metabólito secundário do vinho é o polifenol resveratrol.

Mas afinal, por que o vinho? O resveratrol é uma molécula orgânica, altamente solúvel em etanol, sendo o vinho um poderoso extrator para essa molécula tão benéfica para a nossa saúde.

Portanto, nesse inverno, ‘Santé!’