O curso de Gastronomia da Faculdade Guairacá participou do XXXII Encontro da Arte Folclórica da Unicentro nesta quarta e quinta-feira, 28 e 29. Durante a disciplina de Cozinhas das Américas, ministrada pelo professor Renato Gabriel de Lima, os acadêmicos receberam os convidados da Unicentro e aceitaram o desafio de pôr em prática receitas propostas por eles. Uma grande troca de culturas e conhecimentos marcou os dois dias de encontro. Na quarta-feira, 28, foram pratos da Colômbia e Equador. O intercambista Luis Eduardo Rojas trouxe a receita de banana da terra ao forno com queijo e goiabada, um prato típico do seu país, a Colômbia. “Eu aprendi sobre a culinária do Brasil e hoje tive a oportunidade de trazer uma comida da minha terra para que aprendam também”, contou entusiasmado. Já o também colombiano Duvan Gil Rodríguez ensinou a fazer os famosos patacones, que são feitos com banana da terra verde. Para acompanhar foram servidos camarões com molho de alho. A equatoriana Alba Tobar Vit ensinou a receita de um encebolado de pescado para os alunos. O prato, que é similar com sopas e caldos, leva peixe, mandioca e cebola roxa. De acordo com a intercambista, o prato típico pode ter vários acompanhamentos.  “Pode ser com arroz, banana da terra e pão. Se quiser pode colocar ketchup, mostarda ou limão também. É um prato muito comum na Costa do Equador”. Já o segundo dia, 29, foi inspirado na culinária árabe e dos tropeiros. Duas participantes da Unati (Universidade Aberta à Terceira Idade) levaram receitas tradicionais de família, que remetiam à sua origem e história. Anita Seratto ensinou aos alunos a receita do carreteiro de charque, uma receita que relembra a infância em sua cidade natal, Rebouças, no sudeste paranaense. “Meu pai abrigava os tropeiros na granja em que trabalhava. Eles faziam o carreteiro e nós acompanhávamos desde criança”. Anita também elogiou o preparo e dedicação dos alunos da Gastronomia. “Eles fizeram muito bem, em cada passo vinham perguntar para mim se estava bom”. Solange Tereza Conrado, de origem árabe, trouxe a receita dos babaganuche, uma pasta feita com berinjela e acompanha pão sírio. O prato tem sido passado de geração em geração e feito somente nas ocasiões especiais. “É um prato que fazia parte do cardápio da família e que hoje eu procuro passar para meus filhos e netos para que eles conservem um pouco da tradição”, conta.