Acontece na UniGuairacá

42 99102-2239 Frequentes na Uniguairacá

De malas prontas: projeto de saúde bucal da UniGuairacá na África tem data marcada

Professores e acadêmicos irão trabalhar na prestação de serviços odontológicos durante duas semanas.

Por: Poliana Kovalyk

- 14/08/2023 10h00

A UniGuairacá Centro Universitário irá com uma equipe de voluntários para Moçambique, na África. A viagem já tem data marcada: de 02 a 15 de outubro.

Participam do projeto Semeadores da África as acadêmicas de Odontologia Camila Lima Matnei, Gabriele Martins Lunelli, Rafaella Santos e Thaisa dos Santos, a aluna do Mestrado Profissional em Promoção da Saúde Daniela Prestes Virmond, acompanhadas pelas professoras Ana Paula Traiano e Sandra Mara Matnei.  

 

Sobre o projeto

O projeto Semeadores da África, especificamente em Manhiça, Moçambique, conta com duas escolas comunitárias, que atendem crianças de 3 até 14 anos, com alfabetização, alimentação, assistência social, dentre outros. 

A região atendida pelos missionários possui muitos desafios. Grande parte da população não possui acesso a serviços básicos de saúde. Por meio dessa parceria, acadêmicos de Odontologia da UniGuairacá irão trabalhar na prestação de serviços odontológicos durante duas semanas.

Esse foi um chamado da egressa de Psicologia da instituição Hezieli Cacia da Silva Oliveira, que realiza trabalho voluntário lá desde que se formou, como explicou a professora Ana Paula. “Ela procurou a base dela que é a UniGuairacá, e procurou a Odontologia porque vê a calamidade nessa área”. A professora destacou a real necessidade desse trabalho. “Já fazemos diversos trabalhos em Guarapuava e região nesse sentido, e esse foi mais um chamado. São apenas 167 dentistas em Moçambique. Em todo o continente africano, são pouquíssimos. É a maior pobreza mundial, por isso levantamos essa bandeira”.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, “na região africana, as doenças orais estão entre as doenças não transmissíveis (‎DNT)‎ mais comuns e podem afetar as pessoas ao longo da vida, causando dor, desfiguração, isolamento social, angústia e até a morte.  Essas doenças têm um impacto social negativo e consequências adversas na qualidade de vida das pessoas afetadas, enquanto seu tratamento representa um fardo econômico considerável para indivíduos, comunidades e países. Devido à distribuição desigual dos profissionais de saúde bucal e à falta de instalações adequadas, a maioria das doenças bucais permanece sem tratamento na região. Muitos países não têm uma política nacional de saúde bucal e enfrentam escassez de profissionais”.

Ana Paula explicou sobre o trabalho a ser desenvolvido. “Vamos fazer toda uma avaliação e tratamento das crianças e adolescentes e, de forma pedagógica e lúdica, queremos ensinar toda a parte de higiene bucal”. A ideia é plantar uma semente. “Em Moçambique, eles possuem uma cadeira odontológica dentro do hospital e vão nos ceder para que possamos trabalhar e perpetuar esse projeto”.

 

Rifa solidária

Para arcar com parte dos custos do projeto, as estudantes estão vendendo rifa a R$10, com cerca de 100 prêmios. O sorteio será realizado no dia 23 de setembro. “Por meio desses R$10, as pessoas estão ajudando para levarmos mais ‘mão de obra’. A ideia é também comprar alguns insumos e materiais, além dos materiais escolares já arrecadados durante campanha. Vamos, ainda, trabalhar com empresas para levar medicamentos”, destacou Ana Paula.