A violência contra a mulher é considerada hoje um problema de saúde pública e de direitos humanos segundo a compreensão da Organização Mundial de Saúde.  Toda e qualquer ação que venha ou possa gerar morte, dano ou sofrimento psicológico, físico e sexual é tida como violação da mulher segundo a “Lei Maria da Penha”.

É necessário que toda a população, principalmente as mulheres, tenham conhecimento que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem desde 2004 a Política Nacional de Atenção à Saúde da Mulher (PNASM) que possibilita a inserção da abordagem de gênero e todos os cuidados referentes às vítimas de violência sexual e intrafamiliar nos serviços do SUS. 

Nesse sentido, o profissional enfermeiro ganha destaque, por ser um dos profissionais de saúde que tem o primeiro contato com essas mulheres, e que muitas vezes é o responsável por identificar a violência sofrida seja em um serviço de atenção primária em saúde ou de urgência e emergência.

O enfermeiro que presta o atendimento a essas mulheres tem a possibilidade de oferecer uma escuta qualificada seguida de um cuidado de qualidade e individualizado. Somado a isso, tem o potencial de empoderar essas mulheres para que as mesmas denunciem a violência sofrida e percebam que podem ter seus direitos validados.