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A importância da fisioterapia nas dores de cabeça, por Liseu Silva

As cefaleias ou dores de cabeça afetam em torno de 46% das pessoas no mundo.

Por: Poliana Kovalyk

- 26/07/2021 09h47

As cefaleias ou dores de cabeça afetam em torno de 46% das pessoas no mundo. No Brasil, cerca de 70,5% das pessoas relatam dor de cabeça.

Os quadros de cefaleia podem envolver outros sintomas além da dor propriamente dita. Esses sintomas podem ser fotofobia, fonofobia, osmofobia, náuseas, tontura, dor cervical, entre outas.

Existem mais de 200 tipos de dores de cabeça, mas as mais comuns são a migrânea conhecida como enxaqueca, a do tipo tensional e a cervicogênica.

A enxaqueca manifesta-se em crises que duram de quatro a 72 horas. Sendo a dor com localização unilateral, caráter pulsátil, intensidade moderada ou forte, que pode piorar com atividade física rotineira e ainda pode estar associada com náusea e/ou fotofobia e fonofobia.

Na cefaleia do tipo tensional, o sintoma vem de forma bilateral em pressão ou aperto, podendo durar de minutos a dias. É o tipo de cefaleia que não piora com atividade física e não está associada a náusea, apesar de que fotofobia ou fonofobia pode estar presente. Já a cefaleia cervicogênica é caracterizada por dor que começa na região cervical e irradia para cabeça, sempre unilateral. Quem apresenta esse tipo de cefaleia normalmente relata diminuição da mobilidade da coluna cervical e piora da dor principalmente quando roda a cabeça para os lados. 

O fisioterapeuta pode atuar como profissional de primeiro contato, principalmente nos casos de cefaleia cervicogênica, tendo capacidade de realizar a avalição inicial, diagnóstico e tratamento. Em outros tipos, como na enxaqueca, o trabalho deve ser multidisciplinar, junto com o médico neurologista.

As intervenções fisioterapêuticas baseiam-se na avaliação e identificação das disfunções musculoesqueléticas que podem estar relacionadas a cefaleia. Restrições de movimento da coluna, principalmente das primeiras vértebras cervicais, podem ser gatilhos para o aparecimento do sintoma, ou contribuírem na causa do problema. Essa região apresenta uma íntima relação com o nervo trigêmeo, que é responsável pela inervação dos tecidos e vasos que circundam o encéfalo.

Além disso, alterações na ativação ou aumento da tensão de alguns músculos da região cervical também podem estar ligados aos quadros de cefaleia, seja ela do tipo tensional, cervicogênica ou enxaqueca.

O objetivo do tratamento fisioterapêutico é reestabelecer a função normal das regiões afetadas, através de terapia manual e exercícios específicos melhorando o controle motor da região cervical.