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Colegiado e Centro Acadêmico de Psicologia da UniGuairacá promovem o V Fórum de Saúde Mental

Durante as duas noites de evento, acadêmicos do curso puderam ouvir e compartilhar sobre experiências exitosas na área da saúde mental e desafios a percorrer na profissão.

Por: Mariana Valente

- 15/05/2024 10h40

Na semana de conscientização sobre a Luta Antimanicomial no Brasil, o colegiado de Psicologia da UniGuairacá Centro Universitário, em conjunto com o Centro Acadêmico Ana Bock, promoveu o V Fórum de Saúde Mental. Durante os dois dias de evento, nessa segunda-feira, 13, e terça-feira, 14, os acadêmicos do curso puderam ouvir e compartilhar sobre experiências exitosas na área da saúde mental e desafios a percorrer na profissão.

No primeiro dia de Fórum, representantes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Prudentópolis e do Caps II de Guarapuava estiveram na instituição, partilhando relatos sobre o trabalho desenvolvido em cada uma das unidades. Além disso, apresentaram casos acerca da Luta Antimanicomial, movimento encabeçado nos anos 1970 que busca desconstruir a lógica do manicômio, especificamente, sobre o cuidado preso de pessoas com transtornos mentais.

Conforme o mediador da palestra, Eduardo Bernardes Nogueira, professor no colegiado de psicologia da UniGuairacá há 13 anos, aproximar os acadêmicos das vivências de profissionais que já estão atuando é fundamental. "É importante eles saberem como é o cuidado da saúde mental e como são as práticas em liberdade da saúde mental".

Danielle Maria Pacheco é assistente social e atual coordenadora dos Caps de Prudentópolis. Durante sua participação no V Fórum de Saúde Mental, ela contou sobre a atuação das duas unidades junto à população do município vizinho a Guarapuava. "Nossos serviços atendem pessoas com transtorno mental e usuários de álcool e drogas". Além disso, a profissional reforçou a importância de se falar sobre o assunto. "É muito importante a gente participar dessas ações, porque nós cuidamos de pessoas loucas, consideradas pela sociedade, ainda, como perigosas que devem estar presas em algum lugar. E nós sabemos que não, que o tratamento se faz na convivência com outras pessoas". 

Em comunhão com Danielle, Jonatan Schmeider, psicólogo clínico do Caps II de Guarapuava e egresso da UniGuairacá, compartilhou que eventos como o promovido pelo colegiado e centro acadêmico de psicologia colaboram na conscientização sobre a saúde mental e a luta antimanicomial. "Essas práticas manicomiais não podem voltar. E o Caps, como um espaço para a terapêutica acontecer, deve ser permanente, territoriais e próximos da população". Segundo o profissional, o Centro de Atenção Psicossocial II (Caps) do município oferece atendimentos psicológicos indivíduais, coletivos e comunitários. Promove visitas a museus, atividades que envolvam as comunidades, ações de conscientização e inserção dos pacientes em outros espaços, como o cinema.

Para Heloise Bael de Souza, segunda secretária do Centro Acadêmico e acadêmica do 5º período de psicologia na instituição, a participação dos estudantes em eventos como o realizado nesse início de semana dão voz aos alunos dentro da instituição. "Quando a gente lembra do aluno, a gente sempre pensa nele sentadinho, quietinho, sem expor opinião, sem nada. Nós estamos tentando, aos poucos, porque é um processo muito difícil, trazer um pouco mais dessa fala deles. Ainda está no início, temos que fazer muita coisa, mas já temos um plano anual pra inserir ainda mais os alunos às vivências do curso e do Centro Universitário". 

Finalizando os dois dias de evento, na noite dessa terça-feira, 14, acadêmicos se reuniram na Sala de Metodologias Ativas para uma roda de conversa com os professores do colegiado para um momento de compartilhamento de histórias. Os alunos puderam ter mais proximidade com as experiências dos docentes o processo de construção de suas carreiras, levando em conta as questões manicomiais e antimanicomiais. Por fim, houve um café comunitário organizado pelo Centro Acadêmico Ana Bock, juntamente com uma apresentação artística.

O evento não teve custo, porém foram arrecadadas doações de alimentos. Eles serão enviados ao Rio Grande do Sul, devido a catástrofe ambiental que aconteceu no estado nas últimas semanas.

Serviço

Estiveram presentes na palestra na noite de segunda-feira, 13, Danielle Maria Pacheco, Coordenadora de Saúde Mental de Prudentópolis; Suélen Carla Dalpiaz, Psicóloga do Caps de Prudentópolis; Teófilo Natanael Kohut, Assistente Social do Caps de Prudentópolis e Jonathan Schineider, Psicólogo do Caps II de Guarapuava.