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Entre páginas e descobertas: biblioteca da UniGuairacá contribui para busca do saber

A única maneira de entender o passado e compreender o futuro, é voltando-se para os livros.

Por: Poliana Kovalyk

- 27/07/2023 15h15

Um dos lugares mais importantes em uma instituição que preza pela busca do conhecimento de maneira autônoma. O espaço onde a interação pode acontecer de forma atemporal, proporcionando uma viagem ao passado, com reflexos do presente e exemplos do futuro. Este espaço convencionalmente se chama biblioteca.

De origem grega, a palavra “biblioteca” é derivada do grego biblíon (livro) e teke (caixa, depósito), ou seja, ao pé da letra, depósito de livros. Mas, longe de ser limitada a duas palavras, a biblioteca é o lugar que desde os primórdios foi responsável por armazenar histórias, sejam elas em formas de documentos, rolos de papiro, manuscritos gregos, livros, jornais ou revistas. A única maneira de entender o passado e compreender o futuro, é voltando-se para os livros.

A UniGuairacá Centro Universitário olha para a biblioteca como extensão da sala de aula, e por isso, possui um acervo diversificado que tem a função de auxiliar o processo de aprendizagem de seu corpo discente. Segundo a bibliotecária Inajara de Souza, são 14 mil exemplares, 7 mil obras e títulos de livro em todas as áreas do conhecimento, desde assuntos gerais, metodologias, até áreas específicas como saúde, fisioterapia, odontologia e medicina veterinária. “Para além disso temos revistas, literatura brasileira, estrangeira, temos livros em braile e nosso espaço de literatura infanto-juvenil que os alunos do colégio também utilizam. Além do nosso acervo digital, onde temos a “Minha Biblioteca” que é da área do direito e a biblioteca do grupo A, que engloba todas as áreas do conhecimento”.

Inajara escolheu fazer Biblioteconomia pois queria uma profissão que fugisse de tudo que ela estava habituada desde jovem. E desde então, se encontrou no que ela chama de descanso da realidade. “ É um paraíso, um jardim, um momento de lazer, um descanso. Eu sempre falo assim para todo mundo mais novo que eu. Você perde tudo na sua vida, perde saúde, dinheiro, mas o conhecimento que adquire ao longo do tempo, isso nunca vai perder”. 

Apesar de ser um local importante para uma instituição, há quem diga que o mundo digital tem corrompido o espaço físico das bibliotecas convencionais. Uma pesquisa feita pela Retratos da Literatura no Brasil evidenciou que nos últimos 4 anos o Brasil perdeu cerca de 4,6 milhões de leitores, entre os anos de 2015 para 2019. A queda é ainda maior para os leitores do ensino superior - passando de 82% em 2015 para 68% em 2019. “É perceptível que depois da pandemia houve uma queda no uso e no fluxo de alunos que vem até a biblioteca. Muito disso pode ser explicado pela intensificação da internet, as redes sociais dão informação já pronta, a pessoa não tem aquele hábito de buscar, de conhecer. O professor pede alguma pesquisa, o aluno muitas vezes vai direto no Google, não tem aquele interesse de buscar de onde vem a fonte de forma mais aprofundada”.

Aos olhos de Inajara, a biblioteca não será extinta, pois será difícil as pessoas desligarem totalmente do espaço físico para migrar para o digital. “O livro físico faz a pessoa aprender mais. No digital sempre vai ter uma distração, ninguém nunca está só com a tela do livro aberto, é sempre mais de uma tela. Com livro físico não, é aquele momento que você para realmente, se desconecta de tudo e vai ler”. 

Para isso é importante que haja incentivo tanto da instituição, quanto dos professores para que se crie o hábito de pesquisa nos livros, documentos ou revistas de maneira física. O bibliotecário e o professor são os grandes mediadores desse processo. “Eu pretendo continuar evidenciando uma biblioteca. Quem lê, fala melhor, escreve melhor, se expressa melhor”, destaca Inajara.