No dia 27 de agosto de 1962 por meio da lei 4.119/1962 a psicologia foi regulamentada como profissão no Brasil. Neste momento já haviam disciplinas de psicologia sendo ministrada em cursos diversos e o primeiro curso de graduação em Psicologia no pais já havia sido criado, contudo, ainda não haviam mais que alguns poucos profissionais formados no Brasil. As práticas psicológicas eram exercidas por profissionais de outras áreas, pedagogos, professores, médicos e os conhecimentos aplicados vinham de outros países, em sua maior parte do continente Europeu.

Com a formação de psicologia instituída e a criação do Conselho Federal de Psicologia em 1971 inicia-se uma longa jornada de invenção de uma Psicologia para o Brasil, que pudesse se apropriar da história e das necessidades particulares de seu povo. 

Em 1980 com a criação da ABRAPSO (Associação Brasileira de Psicologia Social), vemos ali, a concretização de uma trajetória de amadurecimento, a psicologia começava a se comprometer fortemente com as demandas sociais da realidade brasileira. Foi um período de deeletização da profissão, que passava de uma atuação voltada apenas para as elites, para uma prática voltada para transformação da realidade brasileira no que diz respeito a garantia de saúde integral para todos. 

Juntamente com o processo de redemocratização do país e o aumento de visibilidade de pautas como direitos humanos, saúde, democracia, equidade, entre outras que impulsionavam politicas publicas que dessem conta de melhorar a qualidade de vida da população, a Psicologia no Brasil deu passos largos rumo a uma prática ético-política.