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A importância da diversidade de metodologias no ensino superior, por Bianca Garcia

Atualmente, muito tem se discutido sobre uma sociedade mais inclusiva e democrática.

Por: Poliana Kovalyk

- 29/11/2021 13h24

Uma das frases que mais escuto nos últimos meses é: “nosso modelo educacional nunca mais será o mesmo”. Atualmente, muito tem se discutido sobre uma sociedade mais inclusiva e democrática, na qual serão respeitadas a identidade, individualidade dos estudantes, despertando a construção do saber de forma autônoma e crítica.

A educação brasileira tende a ser idealizada pela sociedade, porém pouco temos visto de mudanças significativas dentro da escola. Ainda, observa-se uma escola que busca sua identidade e metodologias que superem o aprendizado mecânico, memorista com um currículo moderno, voltado a geração atual.

A aprendizagem tradicional foi a que prevaleceu até os dias de hoje devido ao intuito massificador que a escola até então exigia. Entre características da aprendizagem tradicional está o professor como centro e o detentor único do conhecimento em relação aos alunos. As aulas eram predominantemente expositivas, sem qualquer interação entre eles e professores. Desse modo, o aluno agia de forma passiva. Essa tendência foi e ainda é criticada por muitos teóricos, mas, mesmo assim, é difícil mudar completamente a forma de ensinar, pois acabam reproduzindo, ou seja, ensinando como aprenderam.

Moran (2015, p.16) descreve o ensino tradicional como um modelo ultrapassado. “Os métodos tradicionais, que privilegiam a transmissão de informações pelos professores, faziam sentido quando o acesso à informação era difícil”.

Com o retorno das aulas presenciais, após um período de pandemia, por mais que haja muita incerteza em relação ao futuro, é provável que nosso modelo educacional caminhe a passos largos em direção a um modelo baseado na diversidade de práticas pedagógicas, sendo uma estratégia que costuma funcionar muito bem para despertar a motivação, interesse e curiosidade dos alunos. Um ensino dinâmico é muito mais atrativo, além de estimular o desenvolvimento dos aprendizes de diferentes maneiras, promovendo uma aprendizagem significativa.

A aprendizagem significativa se dá por meio das experiências, participando ativamente do que foi proposto pelo professor, pois, para que o aluno possa resolver algo, ele deve desenvolver muitas habilidades. Ao mesmo tempo, é importante que os alunos se sintam desafiados, isso servirá de estímulo para que ele reflita, pesquise, se responsabilize pelo que foi proposto. 
“A aprendizagem significativa é o processo pelo qual o aluno relaciona uma nova informação com um conhecimento existente, ocasionando em uma reflexão que modificará aquela informação, resultando em um novo conhecimento” (SOUZA et al, 2014, p. 04).

O discente não aprende apenas dentro de uma instituição, uma vez que o ato de aprender vai além disso. Desse modo, é de extrema importância trazer ele para mais próximo possível da sua realidade, estar atento às necessidades dele, no contexto em que o mesmo inserido e trabalhar em cima disso para que ele consiga refletir, assimilar e de fato aprender sobre o assunto e ver que ele também é responsável pela mudança.

Morin (2008) discute como o processo de produção de conhecimento depende sobretudo do sujeito. Cada um de nós trata por si as informações que nos chegam. Ninguém aprende por ninguém. Portanto, aprende por si mesmo.

Essas estratégias de ensino e aprendizagem requerem dos sujeitos de aprendizagem a seleção, a organização e a capacidade de relacionar e interpretar dados e informações cujos resultados fundamentem decisões frente à situação-problema proposta. Ela pressupõe o enfrentamento e, se possível, a resolução de um obstáculo previamente identificado pelos estudantes.

É preciso fazer um planejamento adequado, considerando os propósitos educacionais, estratégias e atividades. Os principais desafios enfrentados hoje pelos docentes são: dominar as novas tecnologias; manter uma interação ativa com os alunos; incentivar o trabalho colaborativo; orientar o aprendizado, acolher, inspirar e motivar seus alunos. É necessário neste momento, uma reflexão sobre sua prática, planejamento, ter muito claro o objetivo de aprendizagem e a diversificação de metodologias.

Referências

MITRE, Sandra Minardi e outros. Metodologias ativas de ensino aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciência & Saúde Coletiva, 13 (Sup 2), 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v13s2/v13s2a18. Acesso em 18 de novembro de 2021.

MORÁN, J. Mudando a educação com metodologias ativas. In: SOUZA, Carlos Alberto de; MORALES, Ofelia Elisa Torres (orgs.). Coleção Mídias Contemporâneas. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Vol. II. PG: Foca Foto-PROEX/UEPG, 2015. Disponível em:  http://www2.eca.usp.br/moran/wpcontent/uploads/2013/12/mudando_moran.pdf. Acesso em: 18 de novembro de 2021.

MORIN, Edgar. Ciência com consciência. 11.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.

SOUZA, C. S, IGLESIAS, A. G, PAZIN-FILHO A. Estratégias inovadoras de ensino. Medicina, Ribeirão Preto, 2014. Disponível em:http://revista.fmrp.usp.br/.Acesso em 18 de novembro de 2021.